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Passado, Presente e Futuro

Passado, Presente e Futuro

O impacto positivo de viver no presente

Todos nós sonhamos com uma vida plena de felicidade, seja ao nível emocional, social, profissional, monetário, amoroso, sanidade física e mental, entre tantos outros fatores subjetivos que podem contribuir para a felicidade. Mas ela não acontece por si só. Somos nós próprios os responsáveis por criar o nosso próprio caminho para a dita felicidade sendo que os factores que a determinam podem ser completamente diferentes para cada um de nós.

Em uma fase de pandemia em que todos nós estamos de certa forma preocupados com o futuro e a vivenciar o presente com um certo nível de ansiedade e receio, é crucial relembrar a importância de viver no presente. Embora estejamos a ultrapassar uma fase de adaptação a uma nova realidade, que interfere em vários fatores, sejam eles sociais, laborais, emocionais, monetários, entre outros, jamais nos podemos esquecer que devemos vivenciar o aqui e agora.

A única parte da nossa vida sobre a qual podemos intervir é o presente. Uma “vida boa” é, certamente, aquela que tem muitos momentos presentes felizes. Para ser feliz temos de ter a capacidade de viver o presente e desfrutá-lo. Muitas pessoas imaginam que a felicidade está à espreita algures no futuro. E que só lhe podemos ter acesso quando for criada uma nova situação, com novas aquisições ou quando houver mudanças drásticas nas condições presentes.

Gradualmente, à medida que a vida avança e ficamos mais velhos e experientes, constatamos que a felicidade não existe apenas no futuro. Aos poucos, apercebemo-nos de que no passado já foram vivenciados muitos bons momentos. Só que, na altura, eram difíceis de ver. Em tempos, por exemplo, achámos que a felicidade estava em acabar a escola. Mais tarde, percebemos que a felicidade está em aproveitar ao máximo cada dia da escola.

Quanto mais experiência adquirimos, melhor entendemos que talvez a felicidade não passa somente por alcançar determinado objetivo, mas sim em todo o percurso que fazemos no presente de forma a alcança-lo. Ou seja, saborear cada etapa alcançada no presente.

Assim sendo percebe-se que os momentos felizes são vivenciados no presente e naturalmente passarão a fazer parte do passado. No entanto é no presente que sentimos aquele êxtase de felicidade que posteriormente passa a fazer parte do passado.

Mais do que nunca é importante que viva no presente, sem o peso do passado e sem o receio do futuro. Até porque não temos como controlar determinados fatores. As consequências da pandemia não dependem de nós, sendo que somente temos de nos proteger ao máximo. Portanto peço-lhe que se centre nos seus objetivos e planos, o que pode fazer para se adaptar nesta nova fase.

Para tal, PARE…sempre que possível durante o dia, semana, mês, ano, e diga a si mesmo: “O que posso fazer – aqui e agora – para tirar o melhor partido da situação presente?” E depois, faça-o! Porque assim, irá maximizar o número de vezes em que se sente bem no presente, o que representa a maior felicidade possível nesse preciso momento.

De vez em quando, pare e pergunte a si mesmo: “Será que o que estou a fazer agora representa o melhor uso que posso dar ao meu tempo? Está a contribuir para uma vida melhor para mim e para os outros, agora e no futuro? Ou estou a gastar o meu tempo de forma errada – a caminhar na direção que não devo?”

A nossa experiência do presente cria uma imagem da situação da nossa vida neste preciso momento. A mente compara cada momento (presente) com o que já aconteceu (passado) e com o que pensamos estar ainda para vir (futuro). O presente é comparado com o passado e relacionado com o futuro. As nossas ações são moldadas pelo que já passámos e pelo que esperamos do futuro. Quando o presente se harmoniza com as nossas experiências passadas e expectativas futuras, desabrochamos, sentimo-nos bem e somos felizes.

Por outro lado, por vezes, sentimos que o presente está errado de alguma forma. Não é coerente com as nossas imagens do passado e não reflete o futuro que esperamos. Esta disparidade dá-nos desalento, desconforto e mesmo ansiedade. Pode assim dar origem a tensões, depressão e pessimismo e pode até causar problemas físicos e mentais.

É possível trabalhar ativamente no sentido de viver cada momento presente de forma positiva. Isto exige trabalhar três frentes:

 

Os pensamentos acerca do passado:
  • Para desfrutar o presente, importa, não nos centramos excessivamente em imagens negativas do passado; tentar, em vez disso, desfolhar as imagens positivas;
  • A nossa mente é um armazém, pelo que para gozar o presente, é importante não deixar que os erros do passado – decisões impensadas, azar, erros de cálculo, fiascos e expectativas frustradas – lancem sombra sobre ele;
  • Quando descobrir que cometeu um erro ou tomou uma decisão errada, não desperdice tempo a lamentá-lo – anime-se com o facto de ter ganho sabedoria. Com esta nova experiência, vai poder evitar cair na mesma situação futuramente.

 

Os pensamentos acerca do futuro:
  • É igualmente importante encararmos de forma positiva o futuro – aquilo por que se anseia. Há que lutar contra o medo do desconhecido, do que está para vir;
  • São os pensamentos acerca do futuro que nos permitem estar alerta no presente para nos ajudarem a dirigir-nos para as metas definidas e que tentamos alcança;
  • Os pensamentos sobre o futuro ocupam grande parte da nossa consciência e influenciam grandemente a forma como encaramos o presente;
  • A ansiedade em relação ao futuro pode encher o presente de frustrações, preocupações, fantasias negativas e incapacidade para agir;
  • Pode-se trabalhar conscientemente para criar expectativas positivas em relação ao futuro e para criar a convicção de que pode influenciar grandemente o seu futuro numa direção positiva;
  • Pode igualmente aprender a tomar melhores decisões e a viver com elas;
  • Deve esforçar-se por alimentar sonhos – independentemente da idade.

 

O controlo do presente:
  • Para desfrutar do presente, tem de ser capaz de o controlar e isso só se consegue concentrando-se nele, ou seja, não deve estar demasiado focado nem no passado, nem no futuro;
  • É de vital importância para a capacidade de desfrutar o presente, manter o controlo da situação, através da organização e da antecipação mental do que nos espera nas próximas 24 horas.

 

Desta forma, se:
  • Tiver um plano para os próximos dias;
  • Souber quais as principais tarefas que tem de concluir;
  • Souber quais as menores tarefas que não se pode esquecer;
  • Souber a quem tem de escrever ou telefonar;
  • Souber que decisões tem de tomar;
  • For razoavelmente organizado.

 

Irá então:
  • Redobrar a sua energia;
  • Diminuir o nível de stress e ansiedade;
  • Melhorar a capacidade de concentração;
  • Aumentar a qualidade do seu desempenho;
  • Potenciar as suas capacidades;
  • Adquirir maior controlo sobre o presente.

Desta forma, compreende-se que perspetivação global e organização não significam perda de espontaneidade e de criatividade. Pelo contrário. Dar-lhe-á mais força, mais energia e capacidade de concentração, podendo mesmo tornar-se mais criativo e espontâneo. Além de que adquire uma nova perspetiva da vida. Torna-se mais fácil distinguir o que é essencial e concentrar-se no que realmente importa: viver o presente com prazer e com mais momentos de felicidade. Afinal… recorde-se que a felicidade são momentos!

Caso sinta que não é feliz e tenha variados sintomas de ansiedade, stress, depressão, desorganização, entre outros… Peça ajuda! Jamais se esqueça que o pedido de ajuda é um ato de coragem.
Proteja-se! Dê um bom uso às máscaras e desinfete ou lave várias vezes as mãos, essencialmente em locais públicos. Reinvente novas tarefas e objetivos que o façam sentir concretizado e feliz.

Artigo escrito por:

Oriana Damião